quarta-feira, setembro 08, 2010

da próxima vez, nada de romantismo


esta é a foto.

me diz... vc teria coragem de abrir a carta, se deparar com esta foto e deixar passar?

Falei aqui sobre a foto 3x4 que tiramos do nosso filho, não falei?

pois então. eu, toda orgulhosa de arthur, separei cinco cópias das fotos, escrevi um bilhetinho em nome do meu filho para os avós maternos lá em São Luís, coloquei tudo dentro de um envelopinho e fui aos correios postar. como toda carta que escrevo (talvez por insitinto meu de não confiar em nenhum serviço público) registrei o envio para ter certeza que meus pais a receberiam.

de alguma forma acreditei que, por ser carta registrada, os manés dos correios teriam mais cuidado de olhar o endereço e entregariam no lugar certo.

fiz surpresa para os meus pais. não falei nada das fotos, muito menos da carta. mas nada de eles me ligarem alegres por terem recebido nova postagem. comecei a ficar preocupada e fui rastrear a carta no site dos correios. estava lá como entregue. como assim? e por que meus pais não me falaram nada?

liguei para eles e perguntei da carta, mas sem nunca mencionar das fotos. eles nada receberam. liguei para os correios que, na hora lá, digitaram um e-mail para a central de são luís para averiguar o que havia acontecido. me falaram que em um prazo de 5 dias úteis receberia a resposta. em 3 dias recebi. a carta, segundo eles, havia sido entregue.

liguei novamente para os correios e a atendente redigiu outro e-mail para a central da Ilha...e ficamos nisso, nesse leva e traz, entre mim, a mulher do 0800 e a central de São Luís. depois recebi outro e-mail que dizia que os correios haviam entregue a carta em outro bairro. outro bairro.

o filho da puta do cara dos correios entregou a carta em outro endereço, sem olhar para o cep, o bairro, nada no envelope. o outro filho da puta, o jorge, recebeu a carta que não era para ele e assinou o documento. deve ter lido o bilhetinho do meu filho, visto as fotos dele e jogado fora sem o menor ressentimento. é ou não é um filho da puta?

sério... nunca, mas nunca deixem uma mãe irada. a gente sai do salto, xinga a mãe de todo mundo (mesmo a gente sendo mãe também e alvo das piores "qualidades") e tem vontade de socar a cara de quem nos deixou à beira de um ataque de nervo.

nem tenho saco de ligar novamente para o 0800. meu pai já foi lá no outro endereço para reclamar a carta. foi todo educado, mas a mulher (provavelmente a puta que pariu o jorge) disse que nenhuma carta foi recebida lá.

digitalizei as fotos. sem a mesma emoção da cartinha e de ter a foto guardada na carteira, meus pais receberam a cópia via msn. ficaram felizes, claro, mas nada surpresos.

é isso que dá, depender dos correios para surpreender alguém. mas o erro foi meu tb de querer romantizar as coisas. se eu tivesse optado desde o início pelo scanner e internet, nada disso teria acontecido. dar trabalho ao ser humano? para que? pra ele fazer merda?

3 comentários:

Anônimo disse...

Vixe Gi que ó...
:(
Quase como meu ingresso do Radiohead.
bj

o caminho do meio disse...

ao menos o teu teve um final feliz, mari. =)

Marcos Ramon disse...

não acho que devemos abandonar o jeito antigo de fazer as coisas. (você tem um lomo, oras!). mas o jeito antigo, analógico, tem esses poréns. é só pra irritar a gente? às vezes sim. mas se desse certo ia ser supimpa. ou não?