sexta-feira, julho 29, 2005

terça-feira, julho 26, 2005

domingo

para uma alegoria
no cabelo, um laço de fita
para uma alegria
namorar na praça após a missa.

sexta-feira, julho 22, 2005

se eu assumir o meu amor por ti
será que me deixarás partir?

o amor só é libertário nas palavras dos poemas

terça-feira, julho 19, 2005

em dias assim
em que teu quarto muda de cor
-lá pelo fim da tarde-
em que as paredes alaranjadas
furtam o branco cotidiano

segredos ficam lá trancados
e não saem nem quando a noite chega
nem quando a noite cega

sexta-feira, julho 15, 2005

ela chegou lá em casa!!!!


(O fabuloso destino de amelie poulain)
o DVD que eu comprei chegou!!!!!! já tenho programa pra esse final de semana!!!!!!

quinta-feira, julho 14, 2005

John Everett Millais, Ofélia, 1851-1852


Para concluir este obra, Millais passou quatro meses num mesmo local do condado de Surrey, a sudoeste de Londres, pintando a vegetação de fundo. Em seguida, voltou a Londres para pintar a modelo, Elizabeth Siddal, que posou numa banheira cheia, tão determindado estava Millais a captar a imagem de modo autêntico. A obra é inspirada na trágica história de Ofélia (Hamlet - Shakespeare), levada à loucura e suicídio depois que Hamlet mata-lhe o pai.
Retirado do livro História da Pintura, Wendy Beckett

quarta-feira, julho 13, 2005

foram felizes enquanto puderam
e culparam o tempo
tão alheio a tudo

segunda-feira, julho 11, 2005

tanta gente perdida
num meio mundo de opiniões
que não levam ninguém a lugar algum

deixam-se ser levados na multidão
em que o público é mero espectador

sexta-feira, julho 08, 2005

Édouard Manet, O Bar do Folies-Bergère, 1882.



Manet foi acusado de desconhecer as leis da perspectiva, pois vemos o reflexo de um freguês que parece conversar com a atendente, mas que não tem presença concreta. Considerando a posição do homem no reflexo, seria mesmo de esperar que o víssemos. Só que os críticos de Manet não perceberam a finura desse achado: nós, os espectadores, estamos no lugar que caberia ao freguês.
retirado do livro História da Pintura, de Wendy Beckett
sofria e sorria
como se não soubesse lidar com a emoção

um desespero, eu espero.
já esquecida que contigo a rua é contramão.

quinta-feira, julho 07, 2005

o caminho do meio

para o Zema


Isaak Levitan
como uma formiga
caminho traiçoeiramente sobre teu corpo
para carregar restos do que foi teu lanche na última tarde

o corpo que se levanta não quer mais ser balançado pela tua rede

terça-feira, julho 05, 2005

verbos para os cotidianos da vida

limpar os pés no tapete da entrada da casa
deixar o pó e a fuligem de todos a quem encontraste
sorrir os abraços
dançar os bons dias
e avançar a rua no sinal verde
lavar o corpo
deitar no chuveiro...

segunda-feira, julho 04, 2005

flores, flores, flores
o que fazer com as flores
quando tudo são dores
e nem as cores
se correspondem com tais horrores?